ABOCA Centro de Artes

Em 2022 a A.B.O.C.A. (Associação Baiana e Observatório de Cultura e Arte) completou 10 Anos de existência na Rua dos Marchantes n 12 Santo Antônio Além do Carmo, por seu palco já passou apresentações e artistas de todos os tipos e sua história esta diretamente ligada a revolução cultural do bairro do Santo Antônio Além do Carmo, na cidade de Salvador na Bahia.

Sua história começa no início dos anos noventa quando seu idealizador Vinícius Passarinho, que é nascido no bairro, por conta própria deu início ao trabalho de documentação visual de todas as expressões artísticas do Centro Histórico de Salvador.

Em 2012 ocupou e restaurou o espaço que hoje é a ABOCA, por meios próprios, com o objetivo de pragmatizar ideias de reciclagens, economia criativa e coletivos. " - Vinícius fez um trabalho solitário, depois convidou a mim e outros artistas para juntarmos a ele" fala o cantor e compositor Jota Veloso sobre a criação da ABOCA;

"A ABOCA é o lugar onde a arte é maior que o artista" diz o cantor e compositor Marcelo Quintanilha.

A primeira fase de restauração feita com as própria mãos durou cerca de cinco anos, antes de dar início ao os show e exposições, resultando em um trabalho singular de arquitetura e restauração.

A construção da ABOCA foi realizada com 80% de material reciclado, sendo grande parte desses materiais encontrada em desabamentos e descartes do próprio Centro História aonde se localiza o casarão.

Associou-se a artistas e usou como matéria prima para o desenvolvimento dessas ideias, as expressões artísticas ali existentes, para seu próprio desenvolvimento e crescimento intelectual e financeiro, assim como, dos artistas e moradores locais envolvidos nesse grande projeto a Associação Baiana e Observatório de Cultura e Arte.

Em 2014 Jota Veloso e Vinícius Passarinho propõe um formato de construção artística através de encontros semanais e apresentações ao vivo, com a finalidade de circurlar acontecimento e ideias artística.

Vinícius e desde então conta especialmente com o manejo das  “mãos de ferro“ da sua companheira Liza Araújo na administração do espaço, que organizou e produziu inumeros projetos artísticos ali.

O "Quarta a Gente Arranja", com Ras Ciro e Jota Veloso, Tiago Poeta, Orlando Batera entre outros, que trazia para todos ali acessibilidade a grandes apresentações artísticas, de música e artes plásticas, que logo contribuiria de forma direta para a mudança de cenárioao daquele bairro e bem estar de seus arredores.

Ras Ciro fez uma temporada de um ano de apresentações no palco da ABOCA junto a Jota Velloso e Portella Açúcar nas Quartas-Feiras.

Aproveitando o sucesso do primeiro projeto, o grupo de Samba de Terreiro Inúdidùn, Samba da Felicidade, com a banda de samba do Terreiro  Ilê Axé Opô Afonjá começa a fazer uma temporada no palco da ABOCA resultando em mais um grande sucesso de crítica e público.

Hoje, encontra-se em cartaz, há mais de cinco anos, assistido por mais de 50 mil pessoas "Portella Açúcar e a Outra Banda de ABOCA", um coletivo formado por Portella Açúcar, Veko Araújo, Mestre Paulinho e muitos músicos, poetas, atores e performances especiais, fazendo que todos que veem a Bahia saibam que "Quarta é Dia da ABOCA."

Conheça mais desse Lugar.

O que pretende oferecer de experiência para quem vai conhecer?

Um encontro com a Arte desde o momento em que você olha para a faixada da casa até a última madeira do quintal, a cada objeto ressignificado por todo os "Seus ilustres Moradores" dessa família de artistas.

Nas Quartas-Feiras os frequentadores tem uma experiência de baianidade viva, em um espetáculo que torna-se indescritível por estar na esfera do nosso absurdo poético do imaginário baiano.

Qual a programação? Acontece todo o ano? Ou é por temporada?

Como funciona a entrada? Quanto custa? Quais os horários? Quantas pessoas cabem? Há algum critério de entrada?

A ABOCA está aberta impreterivelmente com raríssimas exceções, todas as quartas-feiras há mais de 10 anos consecutivos. 2 anos capitaneados por Jota Veloso e o Projeto “Quarta a Gente Arranja”, 1 ano capitaneado pelo grupo Inúdidùn, "Samba da Felicidade" um projeto em parceria com o Terreiro Ilê Axé Opô Afonjá, e há mais de cinco anos com nossas Quartas-Feiras, que tem como majestade absoluta Portella Açúcar & A Outra Banda da Aboca, tornando tradição esse encontro cultural e artistico na cidade, todo mundo sabe “Quarta é DiA da A.B.O.C.A., que acontece das 19h as 22h PONTUALMENTE!

Acontece outros eventos culturais no espaço, que vocês podem acompanhar na página do nosso insta @abocacentrodeartes, são shows, oficinas de dança, recitais de poesia e etc.

Desde a sua abertura a ABOCA abarca todas as pessoas de todas as idades (menores sempre acompanhados dos pais).

Nos nossos encontros semanais, nas quartas-feiras é nítido a diversidade do público e a atmosfera de confraternização, mesmo em meio a tantas diferenças e diferentes e essa é a nossa maior motivação em fazer a ABOCA, ter um lugar em que a ARTE floresça através de pessoas que estejam interessadas em partilhar dela em discutir sobre ela e fazer com que ela seja mais importante do que tudo, a ARTE! que aqui, todas as quartas, nosso coletivo traduz através de sentimetos de euforia e alegria.

 Famosos que já apareceram nas quartas-feiras? E em outros dias? como nos sentimos?

Para mim, Liza e acredito também que aconteçao mesmo com Vinícius, é curioso receber Caetano Veloso na minha casa, pq a ABOCA tbm é a nossa residência, é meio surreal, mas tenho o mesmo sentimento quando desço as escadas e vejo a minha sala repleta de pessoas de todas as partes do mundo ávidas por 3 horas que nas palavras de uma frequentadora “valem por 3 dias”, é indescritível e realizador, me sinto privilegiada em fazer parte de tudo isso.

O acaso ideologico definiria essa relação de afinidade dos famosos com a ABOCA, eles de alguma forma chegaram até aqui, em um momento aleatório de suas vidas e sentirarão vontade de participar, generosamente muitos deles nos propaga em suas mídias e conversas casuais, o que não tem preço!

Outros simplismente propõe projetos artisticos antes mesmos de conversar com seus produtores, como nesse histórico registro feito na ABOCA com Morais Moreira ao se encantar a primeira vez que visitou o Centro de Artes.

Nossos "Síndicos de Palco" sempre foram pessoas bem relacionadas no meio artístico também, a exemplo, Jota Veloso, que pertence a mais nobre família da arte baiana, Adriano do Terreiro  Ilê Axé Opô Afonjá, um lugar sagrado da história da Bahia e Portella Açúcar, artista nato que já tinha um trabalho consagrado com o Cortejo Afro, o que com certeza facilitou a comunicação com a classe artística, Assim passamos a ser um coletivo universal de artistas.

também o fato dos mais de vinte anos de profissão do fotografo de Vinícius Passarinho, o que lhe oportunizou uma rede de pessoas interessadas em desenvolver projetos artísticos

Tivemos a honra de receber Caetano Veloso, Mariana Ximenez e Regina Casé, Matheus Aleluia, José de Abreu, Armandinho Macêdo, Moraes Moreira, Mariene de Castro, Paula Burlamaqui, Teresa Cristina, João Miguel, Danilo Mesquita, Danilo Ferreira, Humberto Carrão, ViK Muniz, Cláudio Manoel, Malu Valle, Felipe Veloso, Fabricio Boliveira, Mumuzinho, Julia Dalavia, Paulinho Boca de Cantor... e tantos outros nem tão famosos e anônimos, pessoas que fazem a ABOCA e a Arte chegar a lugares inimagináveis.